Esta preocupação é ecoada em Faro, onde a candidata do Livre, Adriana Marques Silva, propõe aumentar o parque público de habitação para 10%, um valor drasticamente superior aos atuais 0,1%.

Em Lisboa e no Porto, um estudo da Cision/Brandwatch revelou que a habitação foi o tópico mais discutido nas redes sociais no período pré-campanha, representando 47% e 44% das menções, respetivamente, superando a segurança e os transportes.

A unanimidade em torno da gravidade do problema demonstra que a pressão sobre os preços, a falta de oferta e as dificuldades de acesso à habitação transcenderam as barreiras ideológicas, tornando-se uma exigência central do eleitorado para a próxima governação autárquica.

A questão deixou de ser um problema exclusivo das grandes metrópoles, afetando agora a classe média em cidades como Leiria, onde o candidato da CDU, Nuno Violante, expressou preocupação com a sua “expulsão” devido aos preços elevados.