A elevada procura, que chegou a atingir picos de 400 mil acessos em simultâneo, provocou instabilidades na plataforma do Fundo Ambiental, evidenciando o elevado interesse das famílias em reduzir os custos energéticos e melhorar o conforto térmico.

O programa, com uma dotação de 30 milhões de euros, visa combater a pobreza energética através da atribuição de vouchers para a compra de placas elétricas, fornos e termoacumuladores.

No entanto, a DECO PROteste levantou várias questões sobre a sua eficácia e potenciais desvantagens para os consumidores.

A associação de defesa do consumidor alerta que nem todas as trocas são economicamente vantajosas.

Por exemplo, a substituição de um esquentador a gás natural por um termoacumulador elétrico, a única opção financiada pelo programa para aquecimento de águas, pode resultar num aumento da fatura de energia.

A DECO critica também a exclusão das bombas de calor, equipamentos mais eficientes.

No caso dos fogões, a troca por uma placa de indução compensa, mas a mudança para uma de vitrocerâmica pode ser mais dispendiosa para quem usa gás natural.

A associação aponta ainda outras preocupações, como a obrigatoriedade de comprar todos os equipamentos no mesmo fornecedor, o que limita a concorrência, e os custos ocultos relacionados com a adaptação da instalação elétrica ou o aumento da potência contratada, que não são cobertos pelo programa.