O Governo, através do IAPMEI, implementou uma nova metodologia de pagamentos para as Agendas Mobilizadoras e Verdes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê um adiantamento de 50% do incentivo a cada pedido de reembolso. A medida visa acelerar a execução dos investimentos estratégicos, incluindo projetos de habitação, e garantir maior fluidez de tesouraria para as empresas envolvidas. Esta alteração, aprovada pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, será aplicada já a partir de outubro e tem um impacto financeiro inicial estimado em 75 milhões de euros, valor que deverá aumentar com a submissão de mais despesas.
A decisão surge num contexto em que a execução dos fundos europeus é crucial para concretizar as políticas públicas, nomeadamente no setor da habitação, onde vários projetos municipais dependem diretamente do PRR.
Candidatos autárquicos, como Silva Tiago na Maia, têm apresentado planos de construção de centenas de fogos habitacionais cuja viabilidade está ligada a estes financiamentos. O candidato referiu que, dos 734 fogos novos previstos na Estratégia Local de Habitação, 534 já estão em construção “ao abrigo do PRR”. A aceleração dos pagamentos é, portanto, vista como um mecanismo essencial para garantir que os projetos saem do papel e cumprem os prazos estipulados, evitando bloqueios na execução e assegurando que o investimento chega à economia real. A medida aplica-se a todas as entidades beneficiárias das agendas, simplificando os procedimentos e permitindo uma maior continuidade na concretização dos projetos.
Em resumoPara acelerar a execução de projetos financiados pelo PRR, incluindo na habitação, o IAPMEI vai adiantar 50% do valor dos pedidos de reembolso às empresas das Agendas Mobilizadoras. A medida, com um impacto inicial de 75 milhões de euros, visa melhorar a tesouraria das empresas e garantir a concretização dos investimentos dentro dos prazos.