O debate, antes focado a nível nacional, desceu à escala local, refletindo a pressão sentida pelas populações em municípios de diferentes dimensões e perfis, desde grandes cidades a concelhos de menor dimensão.

As soluções propostas são variadas.

Em Braga, o candidato do PS/PAN, António Braga, defende a criação de uma "rede pública de habitação para arrendamento acessível". Em Faro, a urgência é partilhada por diferentes forças: Cristóvão Norte (PSD) propõe lançar um processo para 500 casas, das quais 300 a custos controlados, enquanto José Moreira (BE) exige a criação de um parque habitacional municipal que atinja 10 a 15% do total em dez anos. Em Almada, a candidata do CDS-PP, Ana Clara Birrento, destaca a habitação como um dos seus quatro compromissos prioritários, propondo um programa de "habitação acessível para os jovens e para a classe média". Na Guarda, a CDU, através de José Pedro Branquinho, sugere medidas mais drásticas como o recurso a "expropriações para a Câmara Municipal poder recuperar casas" e o regresso dos juros bonificados para jovens.

Em Funchal, o debate é intenso, com a maioria dos candidatos a defender a suspensão de novas licenças de Alojamento Local e a propor quotas de habitação a custos controlados em novos empreendimentos.