Esta demora gera incerteza e dificuldades financeiras, numa altura em que o peso da renda no orçamento familiar é cada vez mais elevado.
A situação agrava-se para aqueles que iniciaram a candidatura sem um contrato de arrendamento formalizado, que relatam falta de informação clara sobre os procedimentos.
O programa, destinado a apoiar jovens até aos 35 anos no pagamento da renda, é uma ferramenta crucial para muitos, mas a sua eficácia é comprometida pela lentidão do processo de análise e aprovação. Uma jovem beneficiária partilhou a sua frustração: "Mais de metade do meu salário vai para a renda.
Não sei como é que as pessoas aguentam".
Esta declaração espelha a realidade de muitos jovens em Portugal, onde o aumento dos preços das casas e das rendas supera largamente o crescimento dos salários, tornando o acesso à habitação um dos maiores desafios da sua geração.
A longa espera pelo apoio do Porta 65 agrava esta pressão, forçando os candidatos a suportar a totalidade da renda durante meses, sem qualquer garantia de que virão a receber o subsídio. A situação levanta questões sobre a capacidade de resposta das instituições públicas e a adequação dos programas de apoio face à urgência da crise habitacional que afeta desproporcionalmente os mais jovens.














