Este teto de 2.300 euros gerou forte controvérsia.

Críticos, incluindo o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e o do PCP, Paulo Raimundo, consideram o valor desfasado da realidade da maioria dos portugueses, com Raimundo a classificá-lo como “no mínimo uma ofensa”.

A polémica adensou-se com comparações que demonstram a disparidade fiscal: um trabalhador dependente com um salário bruto de 2.300 euros pode enfrentar uma taxa média de IRS superior a 25%, enquanto um senhorio com o mesmo rendimento de rendas pagará apenas 10%. O Governo justifica a medida com a necessidade de aumentar a oferta no mercado de arrendamento, incentivando proprietários a disponibilizarem os seus imóveis. Contudo, a oposição e vários analistas argumentam que a política beneficia desproporcionalmente os detentores de capital em detrimento de quem vive do seu trabalho.