A rápida exaustão da verba sublinha a urgência sentida pelas famílias portuguesas em reduzir os custos com a energia e modernizar as suas casas.

O programa destinava-se a melhorar o conforto térmico e a incentivar a substituição de equipamentos antigos por outros mais eficientes, com apoios para a aquisição de placas elétricas, fornos e termoacumuladores.

Dos 30 milhões disponíveis, 20 milhões estavam alocados a famílias vulneráveis.

Perante a procura massiva, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou que o Governo irá propor à estrutura de missão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a Bruxelas um reforço do programa. A intenção é transferir parte dos 60 milhões de euros do PRR destinados a obras de eficiência energética, que têm uma execução mais lenta, para o apoio à compra de eletrodomésticos, uma medida de implementação mais rápida. A ministra manifestou esperança de que o processo de aprovação das candidaturas já submetidas decorra “em poucos dias”, uma vez que a validação se foca na situação fiscal e contributiva dos candidatos, sem necessidade de avaliação técnica complexa. Este sucesso contrasta com a lentidão de outros programas, como o “Edifícios Mais Sustentáveis”, onde milhares de candidaturas continuam por analisar, reforçando a necessidade de mecanismos de apoio mais ágeis e de resposta imediata.