O inquérito revela ainda uma elevada precariedade no mercado de arrendamento, com 43% dos estudantes deslocados a não possuírem contrato.

Desses, 60% afirmam que a ausência de contrato resulta da recusa do senhorio, enquanto 26% denunciam que a formalização implicaria um aumento da renda. Esta informalidade, para além de expor os estudantes a uma maior vulnerabilidade, exclui-os automaticamente de mecanismos de apoio estatal, como o complemento de alojamento, que exigem a apresentação de um contrato válido. A falta de informação agrava o cenário: entre os alunos sem bolsa, 42% desconhecia a possibilidade de se candidatar a este apoio.

A FAL considera os resultados um alerta para os decisores políticos, defendendo medidas estruturais como o aumento do número de camas públicas, a simplificação dos apoios e uma maior fiscalização do mercado.

Sem estas respostas, a associação alerta que a crise habitacional continuará a “aprofundar desigualdades e a hipotecar o desenvolvimento do país”.