O economista afirmou que, embora compreenda as recentes iniciativas governamentais, “é preciso fazer mais, muito mais, para desbloquear os constrangimentos da oferta”, sublinhando que a responsabilidade não recai apenas sobre o poder central.
Álvaro Santos Pereira dirigiu um apelo direto às autarquias, identificando os entraves administrativos como um dos principais obstáculos ao aumento do parque habitacional.
“É essencial que as autarquias desbloqueiem restrições excessivas à construção, é fundamental acelerar e agilizar licenciamentos, aumentar a densificação das cidades, e combater a falta de mão-de-obra especializada no setor da construção”, declarou. Na sua visão, o problema reside mais nas “inúmeras restrições à construção do que a falta de incentivos económicos”.
Esta posição sinaliza uma mudança de foco, da análise puramente económica para a importância da simplificação regulatória e administrativa ao nível local.
O novo governador garantiu que a instituição irá “monitorizar muito de perto” a evolução do mercado imobiliário, reconhecendo que “a enorme subida dos preços no setor imobiliário é um fator de preocupação”, especialmente quando analisada à luz dos rendimentos médios das famílias e da sua taxa de esforço. Ao colocar a habitação como uma das suas prioridades, Santos Pereira indica que o banco central estará atento aos potenciais riscos para a estabilidade financeira decorrentes da crise no setor, reforçando a urgência de políticas que promovam um aumento significativo e rápido da oferta de casas.














