O candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, prometeu a disponibilização de “5 mil casas de renda moderada”, definindo valores concretos como 400 euros para um T1 e 700 euros para um T3.
A mesma ambição é visível noutros concelhos.
Em Leiria, o candidato do PS, Gonçalo Lopes, garantiu a construção de 500 casas municipais até 2030, enquanto em Amares, a CDU propõe 70 fogos públicos. As candidaturas independentes também entraram no debate, como em Cascais, onde se propõe a criação de dois novos polos urbanos com capacidade para 4 a 5 mil fogos de habitação pública. As estratégias variam, incluindo a mobilização de terrenos municipais e do Estado, a concessão de direito de superfície a cooperativas, a redução de taxas urbanísticas para projetos de custos controlados e a reabilitação de bairros degradados. Em Almeirim, por exemplo, a candidata da coligação de direita propôs desafiar proprietários de casas devolutas a disponibilizá-las à Câmara para o mercado de arrendamento acessível.
Este foco generalizado na habitação demonstra uma mudança de paradigma, em que os municípios assumem um papel mais ativo e interventivo para resolver uma crise que afeta diretamente a classe média e os jovens.














