Este crescimento, embora represente uma ligeira desaceleração face a julho, mantém a pressão sobre o setor e sobre os preços finais para o consumidor.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o principal motor desta subida é o custo da mão de obra, que aumentou 7,3% em termos homólogos. Este fator contribuiu com 3,3 pontos percentuais para a variação total do índice, evidenciando a crescente pressão salarial e a escassez de trabalhadores qualificados no setor da construção. Em contrapartida, o preço dos materiais registou uma subida mais contida, de apenas 0,9%, contribuindo com 0,5 pontos percentuais para o índice geral. A análise detalhada dos materiais revela uma dinâmica mista: enquanto produtos como 'vidros e espelhos' sofreram um aumento expressivo de cerca de 30%, e outros como 'materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização' subiram aproximadamente 5%, verificaram-se descidas significativas em materiais como 'betumes' e 'produtos cerâmicos', com quedas a rondar os 10%. Em termos mensais, o índice geral registou uma ligeira descida de -0,3%, influenciada por uma redução tanto no custo dos materiais como no da mão de obra. Esta contínua valorização dos custos de construção representa um desafio significativo para a promoção de habitação a preços acessíveis, uma vez que impacta diretamente o valor final dos novos empreendimentos, dificultando a resolução da crise habitacional.














