Esta disparidade evidencia que a crise não se limita aos centros urbanos mais caros, mas alastra-se à periferia, onde os salários não acompanham a valorização imobiliária.

O mesmo fenómeno observa-se na Área Metropolitana do Porto.

Embora o Porto seja o concelho mais caro da região, é na Maia que o esforço financeiro é menor entre os cinco municípios mais próximos.

Um trabalhador na Maia necessitaria do equivalente a 10,9 anos de salários para uma casa nova, menos dois anos do que no Porto.

Estes dados sublinham a crescente desconexão entre o mercado imobiliário e a realidade económica das famílias, tornando a habitação um dos temas centrais do debate político e social em todo o país.