Este dinamismo é visto como uma resposta direta à crise da habitação e à crescente procura no mercado, refletindo uma adaptação do setor empresarial às necessidades prementes do país.
De acordo com dados da Informa D&B, até ao final de setembro foram constituídas 40.465 novas empresas, um aumento de 2,4% face ao período homólogo. Os setores mais dinâmicos foram as Atividades Imobiliárias, com um crescimento de 22% (+860 constituições), e a Construção, que viu um aumento de 13% (+607 constituições). Especificamente, a construção de edifícios e a compra e venda de bens imobiliários foram as atividades que registaram o maior número de novas entidades, sinalizando um forte investimento e interesse nestas áreas. Este fenómeno ocorre num contexto em que os encerramentos de empresas e os processos de insolvência registaram uma descida. Até setembro, 7.910 empresas encerraram, um número inferior ao do ano anterior, e 1.502 iniciaram processos de insolvência, representando uma descida de 5,2%. A resiliência e o crescimento na criação de empresas nestes setores-chave sugerem que, apesar dos desafios macroeconómicos, há uma forte aposta empresarial em capitalizar as oportunidades geradas pela alta procura no mercado imobiliário, embora o impacto desta expansão na resolução da crise de acessibilidade à habitação permaneça uma incógnita.














