De Viana do Castelo a Matosinhos, passando por Évora e Vila do Bispo, os partidos reconhecem a urgência do problema e procuram diferenciar-se nas soluções, refletindo a pressão sentida pelas populações em todo o território nacional. Em Viana do Castelo, o Bloco de Esquerda (BE) promete uma "habitação justa", inspirando-se em modelos europeus como o de Amesterdão para combater a especulação, enquanto a CDU defende a necessidade de colocar no mercado as cerca de quatro mil casas devolutas no centro histórico. Já o Chega propõe a criação de uma rede de amas certificadas para apoiar as famílias e a disponibilização de terrenos para habitação a custos controlados. Em Matosinhos, a Iniciativa Liberal (IL) faz campanha com o lema "casas para todos os bolsos", sublinhando que a qualidade de vida depende de uma solução sustentável para a habitação. Esta transversalidade temática demonstra que a crise deixou de ser uma questão exclusiva das grandes metrópoles, tornando-se uma preocupação prioritária para os eleitores a nível local. Os candidatos focam-se em medidas como a reabilitação de imóveis devolutos, a construção de nova habitação pública ou a custos controlados, e a criação de incentivos para atrair e fixar população, especialmente os jovens, que são dos mais afetados pela dificuldade de acesso a uma casa.