O debate reflete a urgência sentida por estudantes, jovens e famílias, que enfrentam um mercado com preços proibitivos e pouca oferta pública.

As soluções apresentadas pelos candidatos são diversas e abrangem várias frentes de atuação. Nuno Cardoso, candidato independente, propõe a criação de cooperativas de habitação apoiadas pela autarquia, a utilização de casas municipais em regime de *coliving* para estudantes, e a recuperação de 20 mil casas devolutas. Na mesma linha, Hélder Sousa, do Livre, defende a conversão de edifícios públicos em residências estudantis e a promoção da habitação intergeracional. Sérgio Aires, do Bloco de Esquerda, insiste na necessidade de construção de habitação pública como única forma de competir com a especulação imobiliária, sugerindo também a criação de um modelo de "repúblicas" para estudantes, semelhante ao de Coimbra. Por seu lado, Miguel Côrte-Real, do Chega, foca-se na construção de residências universitárias em terrenos municipais, como o do Monte Pedral, e no lançamento de projetos com cooperativas dedicadas aos jovens. A intensidade e a especificidade das propostas demonstram que a habitação deixou de ser uma questão abstrata para se tornar o principal campo de batalha político na cidade, onde a capacidade de apresentar soluções concretas e viáveis pode ser decisiva para o resultado eleitoral.