Em Lisboa, o Fórum Cidadania Lx, num manifesto dirigido aos candidatos autárquicos, questiona quando é que a Câmara Municipal irá recuperar o seu “imenso património ao abandono” para habitação, em vez de o deixar degradar-se ou aliená-lo para fins especulativos.

No Porto, a CDU, através da sua candidata Diana Ferreira, apontou um edifício devoluto propriedade do Ministério da Agricultura como um exemplo de um espaço que “pode perfeitamente ser convertido” numa residência estudantil pública, criticando a “contradição gritante entre a escassez de habitação acessível e a existência de inúmeros imóveis públicos sem uso”. Na mesma linha, o Bloco de Esquerda lamentou que o antigo complexo da Companhia Aurifícia seja destinado a “habitação de luxo”, defendendo que o município deveria tê-lo adquirido para “habitação pública e serviços públicos”. Estas posições convergem num apelo comum: que o património do Estado seja mobilizado para responder à emergência habitacional, servindo as necessidades da população em vez de interesses imobiliários privados.