A empresa alega que a autarquia inviabilizou a construção de 144 apartamentos, contrariando posições anteriores e colocando em risco contratos já celebrados.

O conflito entre o Grupo Rio e a Câmara de Espinho escalou com o anúncio de uma ação judicial por parte da promotora imobiliária. A empresa acusa o município de ter indeferido um projeto de construção para dois blocos de apartamentos com fundamentos que “contrariam a anterior posição do Município”.

Esta decisão, segundo o grupo, comprometeu “o acesso a uma habitação mais acessível aos espinhenses” e colocou em risco os contratos-promessa já assinados com compradores.

A construtora liderada por Nuno Afonso refere que a notificação judicial surge após quase dois anos de negociações e acusa a gestão da atual presidente e responsável pelo urbanismo de ser “funesta e lamentável”. Este não é o primeiro diferendo entre as duas partes; em 2024, o Grupo Rio já tinha obtido uma condenação da autarquia para emitir uma decisão face a “sucessivos e infundados atrasos” e tem pendente outra ação indemnizatória de mais de um milhão de euros. O caso ilustra as tensões crescentes entre promotores imobiliários e o poder local em zonas de forte pressão urbanística.