Mas essa rede desapareceu”.

Outro morador descreve a sensação de viver “no meio da cidade, mas sem vizinhos”, assumindo responsabilidades que antes pertenciam a uma comunidade agora inexistente.

Este fenómeno não se limita a Portugal, com Barcelona a enfrentar problemas semelhantes de ruído, lixo e incivilidade associados aos alugueres de curta duração.

A situação é agravada pela existência de um vasto mercado ilegal.

Um artigo aponta que existem mais de 50 mil alojamentos locais a operar ilegalmente em Portugal por falta de seguro obrigatório, o que demonstra uma falha na fiscalização e aumenta os riscos para todos os envolvidos. Em resposta, a sociedade civil começa a organizar-se, com mais de 6.600 residentes em Lisboa a assinarem um pedido de referendo para limitar ou proibir novos AL em prédios de habitação, enquanto em Espanha milhares de pessoas protestam contra a subida dos preços das casas e a expulsão de moradores.