Esta subida generalizada agrava a crise de acessibilidade à habitação e coloca uma pressão crescente sobre os orçamentos familiares.

Um dos artigos destaca que, só no último ano, os preços da habitação em Portugal sofreram um aumento de 17%, um valor que reflete a intensa procura e a oferta insuficiente que caracterizam o mercado nacional.

Esta valorização não se cinge apenas às grandes metrópoles como Lisboa e Porto, mas estende-se a outras cidades que ganham nova atratividade.

Em Coimbra, por exemplo, a procura por imóveis para compra cresceu 11% no último semestre, coincidindo com o destaque da cidade no jornal The New York Times.

Este aumento de interesse teve um impacto direto nos preços, com o valor médio de venda a subir 9% entre janeiro e setembro, passando de 320.000 para 350.000 euros. O mercado de arrendamento acompanhou a mesma tendência, com a renda média a aumentar de 780 para 850 euros no mesmo período.

A subida das rendas é um fenómeno transversal, tornando-se um dos principais desafios para quem procura casa. O aumento contínuo dos custos de habitação, tanto para comprar como para arrendar, solidifica a crise como um problema estrutural que afeta uma fatia cada vez maior da população, transformando o acesso a uma casa numa das maiores dificuldades da atualidade em Portugal.