A contribuição dos trabalhadores estrangeiros tornou-se um pilar fundamental para o equilíbrio das contas do sistema de pensões. O Orçamento do Estado para 2026 alerta explicitamente que a redução da imigração agravará, a partir do final da década de 2030, o saldo negativo do sistema. Os dados são claros: em 2024, as contribuições dos imigrantes corresponderam a cerca de 17,1% do total de pessoas com descontos declarados à Segurança Social.
Esta percentagem demonstra a importância da mão-de-obra estrangeira não só para a dinâmica da economia, mas também para o financiamento das pensões e outras prestações sociais.
A análise do Governo, partilhada nos documentos orçamentais, projeta que um cenário com menos imigração do que o previsto pioraria os saldos do sistema de pensões entre 0,2 e 0,3 pontos percentuais do PIB nas próximas décadas. Este dado quantifica o impacto negativo que uma política migratória mais restritiva poderia ter nas finanças públicas, contrariando a ideia de que a imigração representa apenas um encargo para o Estado.
Pelo contrário, os trabalhadores estrangeiros são contribuintes líquidos para a Segurança Social, ajudando a compensar o envelhecimento da população portuguesa e a garantir a viabilidade do sistema a longo prazo.














