De norte a sul do país, os novos executivos municipais prometem medidas concretas para aumentar a oferta de habitação, controlar os preços e apoiar as famílias. Em Coimbra, a recém-eleita presidente Ana Abrunhosa (PS/Livre/PAN) assumiu a habitação como uma das suas grandes apostas, prometendo combater a falta de oferta que "empurra os habitantes para os concelhos vizinhos".

O seu plano inclui a criação de uma equipa dedicada para colocar no mercado "mil habitações a custos acessíveis" durante o mandato, através da reabilitação de edifícios devolutos, da negociação com promotores privados e da requalificação de património municipal. Em Vila Real de Santo António, o reeleito presidente Álvaro Araújo (PS) também identificou a habitação como um dos "vetores mais importantes" do seu segundo mandato, prometendo dar andamento a projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A mesma prioridade foi ecoada em Santarém, onde o presidente eleito João Teixeira Leite (PSD/CDS-PP) destacou a habitação entre as suas principais áreas de intervenção.

Em Loures, o reeleito Ricardo Leão (PS), que obteve maioria absoluta, ficou conhecido durante o mandato anterior pelas demolições de barracas, uma medida controversa inserida numa política de habitação que prometeu continuar. Esta convergência de promessas eleitorais demonstra um reconhecimento generalizado de que a crise da habitação exige uma resposta urgente e robusta ao nível do poder local.