Uma análise da AICCOPN indica uma trajetória expansiva, com o montante total dos concursos de empreitadas promovidos a ascender a 7.915 milhões de euros até agosto, um aumento de 28% face ao período homólogo de 2024. Este dinamismo, contudo, não se traduz de forma proporcional na construção de novas habitações. O problema da habitação em Portugal é identificado como uma “falta de oferta a preços que caibam no bolso de muitas famílias”, uma consequência de se ter construído pouco desde a crise financeira, enquanto a população e a procura aumentaram. A rigidez dos PDM, que foram pensados para ordenar o uso do solo mas que se tornam rapidamente obsoletos, impede a reclassificação de solos rurais em urbanos, mesmo em áreas com potencial para novas centralidades.
A simplificação e aceleração dos processos de licenciamento são vistas como imperativas, pois “tempo e complexidade são dinheiro, o que encarece as casas”. O Governo, no âmbito do seu plano para a habitação, reconheceu estes entraves e prometeu a revisão de legislação essencial, incluindo os regimes de licenciamento urbanístico, para reduzir os custos de contexto e acelerar as decisões de investimento no setor.














