Este crescimento exponencial reflete a crescente atratividade do país, mas também coloca uma pressão significativa sobre serviços públicos e o mercado de habitação.

De acordo com o Relatório de Migrações e Asilo 2024, a esmagadora maioria desta população (85%) encontra-se em idade ativa, com um destaque para as faixas etárias entre os 18 e os 44 anos (77%), sendo na sua maioria homens (56,1%).

A nacionalidade brasileira continua a ser a principal comunidade estrangeira, representando 31,4% do total.

Seguem-se as comunidades indiana (7,4%), angolana (6,9%) e ucraniana (5,9%).

A distribuição geográfica concentra-se maioritariamente no litoral, com os distritos de Lisboa, Faro, Setúbal e Porto a acolherem 71,3% da população imigrante.

Uma análise da empresa de recursos humanos Eurofirms revela que 70% dos trabalhadores estrangeiros colocados por si são provenientes do Brasil e de Angola, desempenhando funções essenciais em setores como os serviços, hotelaria, indústria transformadora e agricultura, colmatando lacunas de mão de obra que não encontram resposta a nível nacional.

Este aumento demográfico é um dos fatores que contribuem para a crise da habitação, aumentando a procura por alojamento, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a oferta já é escassa.