Após um período de alívio, recentes movimentos mistos e uma subida em outubro, pela primeira vez desde janeiro de 2024, geram incerteza para as famílias com empréstimos de taxa variável. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a taxa de juro implícita no total dos contratos de crédito à habitação continuou a descer em setembro, fixando-se em 3,228%. Esta descida representa uma redução acumulada de 142,9 pontos base desde o máximo atingido em janeiro de 2024. Como resultado, a prestação média da casa desceu um euro, para 393 euros, e, pela primeira vez desde maio de 2023, a componente de juros representou menos de 50% do valor da prestação.
No entanto, este alívio pode ser temporário.
Em outubro, a taxa Euribor a três meses registou a primeira subida desde janeiro de 2024, marcando o fim de um ciclo de descidas que durava há quase dois anos.
Esta variação, embora moderada, afeta diretamente os contratos com revisão trimestral.
Para um empréstimo de 190 mil euros a 30 anos, o impacto traduz-se num aumento de cerca de 2,53 euros mensais.
As taxas a seis e doze meses também apresentaram ligeiras subidas.
A situação reflete a incerteza económica e a política monetária do Banco Central Europeu, que manteve as taxas diretoras inalteradas em setembro.
Perante este cenário, especialistas aconselham os consumidores a "monitorizarem atentamente a evolução das taxas Euribor e a considerarem a possibilidade de renegociar as condições do seu crédito à habitação".














