Este crescimento demográfico rápido e concentrado tem implicações diretas no mercado da habitação, aumentando a procura em zonas onde a oferta já é escassa.

O tema tornou-se central no debate político. O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho alertou que, se o ritmo de crescimento da imigração se mantiver, os portugueses poderão sentir-se "estrangeiros na sua própria terra".

Em contrapartida, o candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo defendeu que "a imigração não é um problema, é uma oportunidade", argumentando que o país precisa de imigrantes para o desenvolvimento económico e para o equilíbrio da Segurança Social. Gouveia e Melo criticou a nova Lei dos Estrangeiros, considerando que a regulação "não foi a melhor" e que a economia "vai sofrer" sem trabalhadores para as funções menos qualificadas.

Este debate reflete a tensão entre a necessidade económica de mão-de-obra e o impacto social do aumento da procura por habitação e outros serviços públicos.