Uma das críticas mais contundentes refere-se à disparidade no tratamento do direito ao reagrupamento familiar.

Para os detentores de Vistos Gold, este processo é descrito como sendo 15 vezes mais fácil e rápido em comparação com outros imigrantes que vêm para Portugal para trabalhar.

Esta diferença de tratamento é vista como uma transformação do "direito à família num privilégio" acessível apenas a quem tem capacidade de investimento. Enquanto centenas de milhares de imigrantes enfrentam longas esperas e processos burocráticos complexos na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para legalizar a sua situação e trazer os seus familiares, os investidores beneficiam de um canal privilegiado. Esta dualidade de critérios no sistema de imigração português alimenta o debate sobre se o país está a criar um sistema de duas velocidades, onde os direitos fundamentais, como o de viver em família, são aplicados de forma desigual com base no estatuto económico do requerente.