Existe um benefício fiscal pouco conhecido que pode poupar milhares de euros em IRS a reformados ou cidadãos com mais de 65 anos que vendam a sua casa. A isenção do pagamento de mais-valias, sob certas condições, representa uma importante ajuda financeira numa fase da vida em que a gestão do património é crucial. A legislação fiscal portuguesa permite que os contribuintes com mais de 65 anos ou que estejam reformados fiquem isentos do pagamento de IRS sobre as mais-valias obtidas na venda da sua habitação própria e permanente. Para tal, é necessário que o valor da venda (deduzido da amortização de eventual empréstimo) seja reinvestido, no prazo de seis meses após a transação, num contrato de seguro, num fundo de pensões aberto ou numa contribuição para o regime público de capitalização. Este reinvestimento tem como objetivo assegurar um complemento de reforma ao vendedor, sob a forma de uma renda mensal vitalícia, que não pode exceder 7,5% do valor investido.
Esta medida é particularmente relevante no contexto da crise da habitação e do envelhecimento da população.
Permite que os idosos possam transitar para uma habitação mais pequena, adequada às suas necessidades, ou para uma residência sénior, utilizando o capital da venda para garantir um rendimento adicional, sem serem penalizados fiscalmente.
O desconhecimento desta regra faz com que muitos acabem por pagar dezenas ou centenas de milhares de euros em impostos desnecessariamente.
A divulgação desta solução legal é fundamental para o planeamento financeiro dos seniores, oferecendo-lhes maior liquidez e segurança económica na reforma.
Em resumoA lei fiscal portuguesa prevê uma isenção de mais-valias na venda de habitação própria e permanente para reformados ou maiores de 65 anos, desde que o valor seja reinvestido num produto financeiro que garanta um complemento de reforma. Este benefício, embora pouco divulgado, pode representar uma poupança significativa em impostos, facilitando a transição para uma habitação mais adequada e assegurando um rendimento adicional na reforma.