Embora a lei as equipare a construções convencionais, a maioria dos bancos ainda não oferece produtos específicos, limitando as opções dos compradores.
Num mercado imobiliário marcado por preços elevados e longos prazos de construção, as habitações pré-fabricadas surgem como uma solução cada vez mais atrativa. Com custos que podem começar nos 600 a 1000 euros por metro quadrado para estruturas de madeira, estas casas oferecem vantagens em termos de rapidez de construção, eficiência energética e sustentabilidade. Legalmente, são tratadas como qualquer outra habitação, exigindo licenciamento camarário e registo na conservatória, o que permite que sejam hipotecadas para efeitos de crédito.
No entanto, o setor financeiro tem demorado a adaptar-se a esta nova realidade.
A maioria dos bancos ainda não dispõe de produtos de crédito específicos, analisando os pedidos no âmbito do crédito à habitação tradicional, o que pode dificultar o processo. A exceção é a Caixa Geral de Depósitos, que já oferece o “Crédito Habitação – Casas Pré-Fabricadas”, com financiamento até 90% do valor do investimento e um prazo de até 25 anos. Pedro Castro, especialista em crédito habitação no ComparaJá, nota que “o mercado financeiro começa finalmente a reconhecer as casas pré-fabricadas como uma solução viável e sustentável”, antecipando um crescimento da oferta de financiamento nos próximos anos. Apesar do interesse crescente, a falta de opções de crédito dedicadas e a necessidade de garantir que a taxa de esforço não ultrapasse os 33% do rendimento familiar continuam a ser desafios para quem vê nas casas pré-fabricadas a solução para o seu problema de habitação.












