Este dinamismo sugere que a procura por habitação permanece robusta, mesmo perante o agravamento dos custos de aquisição.
Dados da Confidencial Imobiliário indicam que foram vendidas 42.750 casas em Portugal Continental no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 8,9% em termos homólogos e de 3,1% face ao trimestre anterior. Este volume de transações aproxima o mercado dos níveis registados no final de 2021, um período de grande dinamismo pós-pandemia, e representa o segundo trimestre consecutivo de crescimento. O mais notável é que esta recuperação da atividade ocorre num contexto de forte valorização dos imóveis.
Em setembro, os preços das casas registaram a maior subida dos últimos 40 anos, com um aumento homólogo de 22,8%. Desde o início do ano, os preços têm vindo a aumentar a um ritmo de cerca de 2% ao mês, atingindo um preço médio de venda de 2.885€/m2 em Portugal Continental, segundo o Sistema de Informação Residencial (SIR). Este cenário paradoxal, de aumento simultâneo de vendas e de preços recorde, pode ser explicado por um conjunto de fatores, incluindo a estabilidade do emprego e novos apoios governamentais para jovens, que podem estar a impulsionar uma parte da procura. A resiliência do mercado transacional demonstra a intensidade da necessidade de habitação no país.














