No entanto, a habitação destacou-se como uma das principais bandeiras, refletindo a sua centralidade nas preocupações dos cidadãos.
A convocatória apelava à mobilização em defesa de "habitação, emprego seguro, horários para viver e tempo para amar", posicionando a crise habitacional como uma das formas de violência que afeta a população. O mote da manifestação sugere que, enquanto o debate público se foca em questões como a proibição da burca, problemas estruturais como a falta de casas a preços acessíveis são negligenciados.
Este sentimento de desvio das prioridades políticas foi um dos catalisadores do protesto, que procurou recentrar a atenção nas dificuldades quotidianas sentidas por muitas famílias portuguesas.
A mobilização, embora de dimensão modesta, sinaliza a transformação da crise da habitação de um problema económico para uma causa de forte mobilização cívica e social, aumentando a pressão sobre os decisores políticos para a apresentação de respostas eficazes.













