A crescente atenção a este modelo, inclusive com exemplos de políticas públicas de outros países, sugere uma viragem para soluções industrializadas como resposta à crise de oferta no mercado habitacional. As casas pré-fabricadas oferecem vantagens como rapidez de execução, custos mais controlados, flexibilidade de design e maior sustentabilidade ambiental.
Com preços que em Portugal podem variar entre 40.000 e mais de 170.000 euros, estas habitações apresentam-se como uma solução prática e económica. A sua construção em ambiente industrializado permite reduzir o desperdício de materiais e otimizar processos, resultando em prazos de entrega de meses em vez de anos. O interesse por esta solução não é exclusivo de Portugal.
No Canadá, país que enfrenta igualmente uma grave crise habitacional, o governo lançou um catálogo com 50 modelos de casas pré-fabricadas já aprovados, com o objetivo de acelerar os processos de licenciamento e estimular a construção. Esta iniciativa visa capacitar os construtores locais e reduzir a burocracia, demonstrando que a construção modular é vista como uma ferramenta estratégica de política pública para aumentar a oferta de habitação de forma rápida e eficiente. A discussão em torno destes modelos construtivos em Portugal, aliada a exemplos internacionais, indica uma procura por inovação no setor da construção para responder à escassez de casas a preços acessíveis, explorando métodos que aliam economia, rapidez e sustentabilidade.












