Estes dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), sublinham as crescentes dificuldades de acesso à habitação e o agravamento das assimetrias regionais. De acordo com os dados do INE, o valor mediano de avaliação bancária atingiu os 1.995 euros por metro quadrado (€/m²) em setembro, representando um aumento homólogo de 17,7% e uma subida de 1,5% em relação ao mês anterior. Estes números confirmam a tendência de valorização acelerada do imobiliário, que continua a distanciar-se do poder de compra da maioria da população, sendo um dos principais fatores para o aumento do custo de vida geral.
A análise revela disparidades regionais significativas: a Grande Lisboa (3.025 €/m²) e o Algarve (2.740 €/m²) destacam-se como as regiões mais caras para apartamentos, enquanto a Península de Setúbal registou o crescimento homólogo mais expressivo (+25,9%).
O fosso entre os grandes centros urbanos e o interior do país agrava-se, com o valor mediano por metro quadrado em alguns concelhos a atingir os 4.500 euros, contrastando com valores tão baixos como 200 euros noutras localidades.
Esta dinâmica não só dificulta o acesso à habitação nas áreas metropolitanas, como também exacerba as desigualdades territoriais, tornando a fixação de população fora dos grandes centros urbanos um desafio ainda maior.













