No entanto, especialistas e o próprio executivo admitem que os seus efeitos no preço final para o consumidor poderão ser limitados e demorados.
A medida, descrita como "a mais reclamada e aquela que pode ter um impacto mais significativo no setor", visa estimular a oferta de habitação para venda e arrendamento a preços mais acessíveis.
Contudo, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já veio a público esclarecer que o "grande efeito" da redução do IVA só deverá sentir-se a partir de 2027.
O governante justifica esta demora com os prazos de aprovação dos projetos e o início das obras, indicando que o impacto em 2026 será pouco significativo.
Para além do atraso nos efeitos, surgem dúvidas sobre a real repercussão da medida no bolso dos consumidores.
José Teixeira, presidente do Grupo DST, alertou que, numa "economia quente" como a atual, a maior parte do incentivo fiscal corre o risco de ser absorvida pelo mercado, beneficiando os promotores em vez de se traduzir numa descida do preço final.
Teixeira defende que, para um impacto real, seria necessário apostar em soluções como a industrialização e a construção modular.
Este debate evidencia a complexidade de intervir num mercado sobreaquecido, onde uma medida fiscal bem-intencionada pode não ser suficiente para garantir o alívio esperado pelas famílias.












