No âmbito da negociação do Orçamento do Estado para 2026, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) colocou a habitação como uma das suas principais prioridades. A abstenção do partido na votação na generalidade serve como um "sinal de abertura ao diálogo", condicionando o seu voto final global à aceitação de medidas concretas para o setor. O partido, representado no parlamento pela deputada única Inês de Sousa Real, advertiu que "não dará um voto em branco" e que a sua posição final dependerá da inclusão de propostas que considera centrais. Entre as matérias que o PAN levará para a mesa das negociações na especialidade, destacam-se a "criação de um programa de cooperativas habitacionais com apoio público, promovendo alternativas acessíveis, especialmente para jovens e famílias".
Adicionalmente, o partido exige o reforço da verba da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário.
Estas propostas focam-se em soluções alternativas ao mercado tradicional de habitação, visando dar resposta tanto à crise de acessibilidade a longo prazo como a situações de emergência imediata. A posição do PAN, embora vinda de um partido com representação limitada, ilustra a centralidade do tema da habitação no debate político atual, sendo utilizado como uma moeda de troca crucial nas negociações orçamentais.
O partido considera que a aprovação do OE2026 "não é um dado adquirido", mas sim "uma oportunidade para o Governo e demais forças políticas demonstrarem abertura ao compromisso".
Em resumoO PAN condiciona o seu apoio final ao Orçamento do Estado para 2026 à negociação de propostas na área da habitação. O partido defende a criação de um programa de cooperativas habitacionais e o reforço da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente, utilizando a sua abstenção na generalidade como um sinal de abertura para o diálogo.