Segundo dados do portal imobiliário idealista, o número médio de contactos por anúncio de arrendamento diminuiu 18% em relação ao mesmo período de 2024, quando cada imóvel recebia cerca de 28 contactos.

No entanto, Ruben Marques, porta-voz do portal, esclarece que "esta desaceleração não traduz menor interesse das famílias, mas sim uma maior disponibilidade de imóveis no mercado". A realidade no terreno mostra que a procura continua "forte" e que "os valores das rendas continuam altos e fora do alcance de muitos portugueses", com um aumento médio de 4,1% no trimestre.

A pressão é sentida de forma desigual pelo país.

Cidades como Santarém e Ponta Delgada lideram a procura, com uma média de 35 contactos por anúncio.

Seguem-se Portalegre e Leiria, com 30.

Em contraste, as maiores cidades do país registam uma pressão relativamente menor, embora ainda muito elevada: Lisboa apresenta uma média de 20 contactos por anúncio e o Porto 15. Curiosamente, a procura cresceu em cidades fora dos grandes centros urbanos, como Ponta Delgada (18%), Évora (12%) e Guarda (12%), enquanto diminuiu em 15 capitais de distrito, incluindo Lisboa (-17%) e Porto (-11%).

Esta dinâmica sugere uma dispersão da procura para mercados secundários, possivelmente devido à saturação e aos preços proibitivos nas principais metrópoles.