Segundo dados do Banco de Portugal, desde o início do ano, foram utilizados 478 milhões de euros ao abrigo deste regime, beneficiando 17.758 contratos. No total, os contratos com garantia pública representaram 40,5% do número de novos créditos e 42,8% do volume contratado por jovens até aos 35 anos.

Apenas em setembro, estes valores subiram para 47,3% e 48,9%, respetivamente, indicando uma aceleração na adesão.

O montante médio do crédito para jovens aumentou 43% desde dezembro de 2023, atingindo 192,6 mil euros em agosto de 2025, o que evidencia o efeito da medida. A garantia aplica-se à compra da primeira habitação própria e permanente, com um valor máximo de 450 mil euros, para jovens com rendimentos anuais até ao oitavo escalão do IRS.

A adesão, no entanto, apresenta assimetrias regionais: em zonas como Alentejo, Beira Baixa e Lezíria do Tejo, mais de metade dos contratos de crédito jovem recorreram à garantia estatal, enquanto na Grande Lisboa e na Madeira a proporção foi de apenas um terço, refletindo as diferenças de preços e acessibilidade no território.