No segundo trimestre de 2025, o Baixo Alentejo registou o maior aumento homólogo de preços do país, com uma subida de 38,7%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A valorização estendeu-se a outras sub-regiões alentejanas, como o Alentejo Litoral, que apresentou a maior diferença nacional entre os preços pagos por famílias e por instituições.

Em contraste, freguesias de Lisboa e Porto, tradicionalmente muito procuradas, começam a registar quedas de preços consecutivas. Em Lisboa, Marvila e Arroios viram os preços medianos das casas novas cair por três e quatro trimestres consecutivos, respetivamente, com quedas anuais de 14,6% e 18,8% no segundo trimestre.

Na freguesia de Santo António, a mais cara da capital, a pressão vem dos imóveis usados, com quedas homólogas há vários trimestres.

No Porto, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde também registou uma contração de 3,59% nos preços. Especialistas atribuem este arrefecimento à entrada de muitos empreendimentos novos no mercado, que aumentam a oferta e a pressão competitiva. No mercado de arrendamento, a procura permanece forte, embora com uma ligeira desaceleração: o número médio de contactos por anúncio caiu 18% em relação ao ano anterior, fixando-se em 23 famílias interessadas por cada casa, enquanto as rendas subiram 4,1% a nível nacional no terceiro trimestre de 2025.