O centro responsável pela gestão dos exames aumentou as vagas em 53% em três anos, mas a oferta continua a ser insuficiente.

A situação é particularmente crítica para os estudantes estrangeiros que fugiram da guerra na Ucrânia e que, segundo a Associação Nacional de Estudantes de Medicina, correm o risco de expulsão devido a decisões da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). A dificuldade em obter a certificação linguística é mais um obstáculo num percurso já complexo, que inclui a regularização da sua situação e a procura de habitação, num mercado cada vez mais inacessível.

A coordenadora da associação Ad Sumus, em Almada, sublinha que “Portugal tem imigração porque existe trabalho”, mas a instabilidade documental e burocrática dificulta a plena integração e o acesso a direitos básicos como a moradia.