Autarcas recém-empossados em Sintra, Vila Real de Santo António e Lagoa anunciaram a habitação como uma das suas principais bandeiras, com planos que vão desde a construção de novas habitações à recuperação de bairros sociais.

Em Sintra, o novo presidente da câmara, Marco Almeida, prometeu “devolver Sintra aos sintrenses”, elegendo a habitação como um dos eixos centrais do seu mandato.

O autarca destacou a necessidade de corresponder “às expetativas dos Sintrenses no que respeita à oferta pública e privada de habitação” e lamentou as situações de precariedade existentes, como “garagens que se tornaram abrigo precário de esperanças cansadas”. Em Vila Real de Santo António, o presidente reeleito, Álvaro Araújo, também colocou a habitação como uma grande prioridade, anunciando projetos concretos já em curso.

Entre eles, destacam-se a construção de 114 novos fogos para “renda acessível para a classe média e para os jovens”, com um financiamento de 27 milhões de euros do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), e um plano de 50 milhões de euros para a recuperação de todos os bairros sociais do concelho, ao abrigo do programa “1º Direito”. Por sua vez, em Lagoa, o presidente reeleito Luís Encarnação apresentou um “caderno de encargos exigente” para o seu segundo mandato, onde o investimento na habitação surge como medida essencial “para fixar pessoas, atrair profissionais, como médicos, professores e agentes das Forças de Segurança, apoiar jovens famílias e, sobretudo, garantir qualidade de vida”. Estes discursos de tomada de posse demonstram um reconhecimento generalizado de que a crise habitacional exige uma intervenção ativa e urgente ao nível local.