Na zona da Cova da Onça, em Alcobaça, já arrancou a construção do loteamento habitacional “Nova Alcobaça”.

Este projeto de grande escala, que abrange uma área de 28 hectares, prevê a criação de um total de 969 fogos, incluindo 888 apartamentos e 79 vivendas. A empresa Grãos D’Oceano, uma das promotoras, está a construir uma parcela com quatro blocos de apartamentos, com preços a partir dos 300 mil euros, e estima que o empreendimento possa vir a albergar entre 2.500 e 3.000 pessoas. Vítor Pereira, sócio da empresa, justifica o investimento com a perceção de que “a cidade de Alcobaça não tem crescido devido à falta de habitação”.

No sul do país, em Vila Real de Santo António, a aposta municipal centra-se no arrendamento acessível.

O presidente da Câmara, Álvaro Araújo, anunciou que estão a ser construídos 114 novos fogos destinados “à classe média e para os jovens”, um projeto que conta com um financiamento de 27 milhões de euros do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). Estes dois exemplos, embora com modelos e alvos distintos — um focado no mercado de venda privada e outro no arrendamento a custos controlados com apoio estatal —, ilustram os esforços em curso para aumentar o parque habitacional e responder à carência de oferta que afeta o país.