Lisboa mantém-se como a cidade mais cara, mas o Funchal surpreende ao ultrapassar o Porto como a segunda capital de distrito com os preços mais elevados. De acordo com o índice de preços do portal imobiliário Idealista, o valor mediano de compra atingiu os 2.970 euros por metro quadrado (€/m²) em outubro. A escalada de preços foi universal, com todas as 19 capitais de distrito analisadas a registarem subidas anuais.

Os maiores aumentos ocorreram em Beja (30,6%), Santarém (27,8%) e Portalegre (24,1%), demonstrando que a pressão imobiliária não se restringe aos grandes centros urbanos.

Lisboa continua a ser a cidade mais dispendiosa para adquirir habitação, com um custo de 5.886 €/m², seguida pelo Funchal (3.907 €/m²) e pelo Porto (3.844 €/m²). Em contrapartida, as cidades mais económicas permanecem no interior, com Bragança, Guarda e Portalegre a apresentarem valores inferiores a 1.100 €/m².

A análise regional revela que nenhuma zona do país escapou à tendência inflacionista.

A Região Autónoma dos Açores liderou as subidas anuais com um aumento de 20,8%, seguida pelo Alentejo (18,7%) e pela Região Autónoma da Madeira (15,6%). A Área Metropolitana de Lisboa, apesar de ser a região mais cara (4.151 €/m²), teve um crescimento mais moderado (9,6%).

A valorização acentuada nas ilhas é particularmente notória, com Porto Santo a registar a maior subida a nível de distritos/ilhas (29,9%).

Estes dados sublinham a crescente dificuldade de acesso à habitação em todo o território nacional, com o interior e as regiões autónomas a sentirem uma pressão de preços cada vez mais intensa.