A medida abrangerá a construção de habitação para venda até 648.000 euros e para arrendamento com rendas até 2.300 euros mensais em zonas de maior pressão urbanística, vigorando até 2029.

No entanto, a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) reagiu com apreensão.

O seu presidente, Manuel Maria Gonçalves, alertou que o compasso de espera de seis meses "é o pior que pode acontecer porque nada vai avançar até lá". Segundo o responsável, "o mercado vai parar" e "ficar à espera" da descida do imposto, o que poderá agravar a escassez de nova construção a curto prazo.

Esta visão é corroborada pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que admitiu que o "grande efeito" da medida só deverá sentir-se a partir de 2027, devido ao tempo necessário entre a submissão dos projetos, a sua aprovação e o início das obras.

A situação evidencia um dilema entre o objetivo de longo prazo de aumentar a oferta habitacional e o potencial impacto negativo imediato no ritmo da construção.