Este dinamismo foi largamente impulsionado pelos setores das atividades imobiliárias e da construção, que cresceram a um ritmo acentuado, evidenciando um paradoxo num país a braços com uma grave crise de habitação.
Segundo o Barómetro da Informa D&B, foram constituídas 45.273 novas empresas até ao final de outubro.
Os setores que mais contribuíram para este recorde foram as atividades imobiliárias, com um aumento de 23% (mais 1.025 constituições), e a construção, que cresceu 16% (mais 805 empresas).
Este crescimento foi transversal a quase todo o território nacional, com a região Norte a liderar em número absoluto de novas empresas (14.200) e em crescimento homólogo (5,0%). Em contrapartida, o setor dos transportes registou a maior descida, com uma queda de 12%. O dinamismo empresarial nestes setores contrasta com as dificuldades sentidas pela população no acesso à habitação, sugerindo que o mercado está a ser fortemente movido por lógicas de investimento e rentabilidade, em vez de responder diretamente às necessidades habitacionais. A par do aumento de constituições, os dados revelam também uma descida no número de insolvências (-4,3%) e de encerramentos de empresas, o que reforça a perceção de um setor economicamente robusto do ponto de vista empresarial, apesar da crise social que o envolve.













