Este crescimento foi impulsionado tanto pelo custo da mão de obra como pelo preço dos materiais, que continuam a pressionar o setor. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o custo da mão de obra foi o principal motor desta subida, com um aumento de 8,8% em setembro, face aos 7% registados em agosto. Já os preços dos materiais de construção cresceram 1,4%, uma ligeira aceleração em comparação com os 0,9% do mês anterior. Entre os materiais que mais contribuíram para este aumento destacam-se os vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 30%, e o betão pronto, com um acréscimo de aproximadamente 5%. Em contrapartida, verificaram-se descidas nos preços de materiais como betumes, chapa de aço macio e galvanizada, e tubos de PVC. Este cenário de custos crescentes surge num momento em que o setor da construção na Europa começa a dar sinais de estabilização, com perspetivas de um crescimento mais sólido a médio prazo, entre 2025 e 2028. A recuperação prevista é impulsionada pela estabilização das taxas de juro e pelo aumento do investimento em infraestruturas e projetos residenciais, o que poderá, a longo prazo, equilibrar a pressão sobre os custos de construção em Portugal.