As buscas realizadas em várias entidades públicas, incluindo uma câmara municipal, colocam em foco a transparência nos processos de licenciamento e utilização do domínio público marítimo.
A Polícia Judiciária (PJ) realizou 15 mandados de busca domiciliária e não domiciliária nas regiões de Lisboa, Caldas da Rainha e Nazaré. A operação visou uma câmara municipal, identificada pela imprensa como a da Nazaré, bem como cinco organismos do Estado, incluindo a Agência Portuguesa do Ambiente, a Docapesca, a Direção de Faróis e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. A investigação centra-se na "tramitação de um contrato de concessão, por 40 anos, respeitante à utilização privativa de uma área do domínio público marítimo" no Porto de Abrigo da Nazaré. O contrato em causa previa a "reabilitação e conservação de nove moradias que ali se encontram implantadas para fins turísticos".
Os crimes sob investigação são participação económica em negócio, falsificação, corrupção e branqueamento de capitais.
A operação, que mobilizou 40 investigadores da PJ e três magistrados do Ministério Público, prossegue com a análise da prova documental e digital recolhida, visando o "apuramento integral de todas as condutas criminosas". A Câmara Municipal da Nazaré já garantiu estar "a colaborar integralmente" com os investigadores.













