Em reação, a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) lamentou as "narrativas simplistas", argumentando que o problema resulta da falta de políticas públicas estruturais, como a escassez de nova construção, os atrasos nos processos de reabilitação e a ausência de incentivos ao arrendamento acessível. Segundo a ALEP, o AL tem tido um papel decisivo na recuperação de imóveis degradados, sendo a sua dimensão menor do que a perceção pública. No plano político, a vereação do Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal de Lisboa pretende que a proposta de alteração do Regulamento Municipal do Alojamento Local (RMAL) seja discutida na primeira reunião do novo executivo. O objetivo é travar a proliferação do AL e garantir mais casas no mercado de arrendamento permanente. Esta pressão surge num contexto em que a suspensão de novas licenças de AL, em vigor desde maio, terminou o seu prazo, tornando a aprovação de um novo regulamento ainda mais urgente para os socialistas.