Esta iniciativa surge como uma resposta do setor privado à crise nacional, focando-se em soluções de arrendamento acessível.
O plano da mutualista visa responder diretamente à “dificuldade de pagar rendas ou comprar casa” que afeta particularmente os associados mais jovens. Com um orçamento anual de 50 milhões de euros, a gestão, liderada por Virgílio Lima, estima a aquisição ou construção de cerca de 200 casas por ano, o que poderia totalizar 800 habitações ao longo de um mandato de quatro anos. O programa contempla duas modalidades principais: uma destinada aos jovens, que permite o arrendamento com opção de compra ao fim de um período de 15 ou 20 anos, e outra para associados mais velhos, que podem vender a sua casa à associação em troca de uma renda vitalícia para pagar uma residência assistida. Virgílio Lima sublinhou que a iniciativa não visa o lucro, afirmando que “este arrendamento não pretende ser uma fonte de rendimento para a associação, mas responder às necessidades dos associados”, garantindo que as rendas serão abaixo dos preços de mercado.
No entanto, a proposta não é consensual.
A lista de oposição (Lista B) à assembleia de representantes, encabeçada por Tiago Mota Saraiva, argumenta que a mutualista “pode fazer muito mais” e que a produção de habitação a rendas acessíveis deveria ser a “linha central de atuação” da instituição, criticando a atual gestão por uma resposta que consideram insuficiente face à dimensão da crise e ao potencial do grupo Montepio.














