O PRR é visto como um "importante motor de investimento público", cujo impacto na economia portuguesa deverá atingir 3% do PIB em 2026. O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, sublinhou a importância de Portugal se concentrar em "utilizar ao máximo este financiamento e, em especial, a componente de subvenção", dado que o programa termina em agosto de 2026. "Vale a pena notar que o PRR expira no próximo ano", apelou o comissário, destacando a necessidade de acelerar a implementação dos planos.
A nível local, esta pressão é sentida de forma aguda.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra decidiu questionar o Governo sobre as consequências para os municípios caso não consigam cumprir os prazos das obras financiadas pelo PRR, nomeadamente em áreas como saúde, educação e habitação. A presidente da CIM, Helena Teodósio, descreveu a situação como "muito preocupante", referindo dificuldades como a sobrecarga das empresas de construção e concursos que ficam desertos.
"É uma altura muito preocupante, sobretudo quando há prazos que nos estão a massacrar, porque são prazos que têm de ser cumpridos e, por vezes, não sabemos qual é o impacto desse não cumprimento nos municípios", afirmou.
Os autarcas recusam assumir o ónus de eventuais atrasos em competências que foram delegadas pelo Estado central.














