Estas iniciativas representam uma alternativa ao mercado livre e às políticas públicas, focando-se em soluções de arrendamento acessível e apoio a diferentes faixas etárias. A Associação Mutualista Montepio Geral anunciou um plano de investimento anual de 50 milhões de euros para a aquisição ou construção de casas destinadas ao arrendamento para os seus 600 mil associados.

O presidente, Virgílio Lima, explicou que o objetivo não é gerar lucro, mas "responder às necessidades dos associados", com rendas abaixo do valor de mercado.

O programa contempla dois modelos: um para associados mais jovens, em que a mutualista adquire um imóvel indicado pelo próprio associado e o arrenda com opção de compra futura; e outro para associados mais velhos, que podem vender a sua casa à associação, recebendo em troca uma renda vitalícia para custear uma residência assistida.

Esta abordagem demonstra uma resposta do setor social à crise, complementando as iniciativas estatais.

Outro exemplo de inovação social é o programa Une.Idades, que, embora de natureza diferente, também aborda a crise habitacional ao juntar estudantes universitários com idosos que vivem sozinhos, promovendo uma solução de coabitação que beneficia ambas as partes, combatendo a escassez de alojamento para jovens e a solidão dos mais velhos.