A consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W), com mandato exclusivo para a comercialização, confirmou ter recebido "diversas propostas", algumas das quais superaram as expectativas.

O negócio, cuja conclusão é antecipada para a primeira metade de 2026, abrange não só os pavilhões de feiras e o centro de congressos da Exponor, mas também dois lotes de terreno adjacentes, totalizando uma área de 180.000 metros quadrados em Leça da Palmeira. A atratividade do ativo é potenciada por um Pedido de Informação Prévia (PIP) aprovado pela Câmara de Matosinhos em 2024, que permite um empreendimento de uso misto com uma área bruta de construção de 177.000 metros quadrados acima do solo, destinado a habitação, serviços, comércio e turismo. A Associação Empresarial de Portugal (AEP), antiga proprietária que entregou os ativos ao fundo Nexponor em 2013 para reestruturar o seu passivo, manifestou interesse em manter-se como "uma parte ativa" no futuro do projeto.

Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, afirmou que a associação está a trabalhar num plano que "prevê que o parque de exposições continue a ser um ativo da AEP, não só na sua exploração, mas, eventualmente, também na propriedade".

Este desenvolvimento imobiliário de grande escala ilustra a forte dinâmica do mercado no Grande Porto, onde a reconversão de grandes áreas para projetos de uso misto, incluindo uma componente habitacional significativa, se tornou um foco de atração para o capital nacional e internacional.